Combatendo fraude em anúncios em app mobile: perguntas e respostas entre Criteo e Pixalate

Head de Supply Quality da Criteo, Francois Zolezzi conversa com a Pixalate sobre como combater fraudes em anúncios e tráfego inválido.
Atualizado em Dezembro 6, 2022

Este post foi republicado de https://blog.pixalate.com/criteo-interview-mobile-in-app-ad-fraud.

François Zolezzi, Head de Supply Quality da Criteo, conversou com a Pixalate sobre combate a fraudes em anúncios e tráfego inválido (IVT) na publicidade programática em apps mobile.

François dedicou os últimos anos ao desenvolvimento de políticas e soluções para fornecer brand safety aos clientes de publicidade da Criteo. Zolezzi é referência no setor no espaço de fraude em anúncios e trabalha em estreita colaboração com a equipe de Traffic Quality nos esforços e sistemas da Criteo contra IVT.

Confira a conversa na íntegra abaixo:

Quais serviços em app mobile a Criteo oferece aos anunciantes?

As soluções para app mobile da Criteo são projetadas para fornecer aos anunciantes em aplicativos a capacidade de criar uma experiência de funil completo. Da aquisição de usuários ao engajamento e retargeting de app, a Criteo centraliza em sua plataforma os serviços necessários para acelerar o crescimento em todo o ciclo de vida do cliente.

Nossa solução App Install ajuda os anunciantes a conquistar novos usuários de apps de alto valor, bem como converter usuários existentes da web mobile para baixar e interagir dentro do aplicativo. As estratégias de reengajamento da Criteo permitem que os anunciantes segmentem audiências que nunca converteram e as levem ao download. Além disso, aproveitam a visão de 360° da Criteo de comportamentos em tempo real para trazer de volta os usuários mais valiosos, para que eles se engajem e convertam regularmente no app.

Como a Criteo protege os clientes contra tráfego inválido (IVT) e fraude em anúncios em apps mobile?

Os sistemas da Criteo usam filtros sofisticados para distinguir entre atividades normais geradas por usuários e atividades que podem representar um risco aos anunciantes. Validamos a legitimidade do tráfego usando vários pontos de dados internos e externos, incluindo:

  1. Solicitações com informações ausentes ou inválidas (por exemplo, IDs de dispositivos),
  2. Listas de inclusão e exclusão em conformidade com o setor (listas de IPs e IDs de apps do TAG, listas de User Agents do IAB).
  3. Nossas próprias listas internas de inclusão e exclusão de IPs e IDs de apps (por exemplo, apps removidos das lojas de aplicativos oficiais).
  4. Modelos baseados em machine learning que aproveitam muitos sinais e pontos de dados diferentes (por exemplo, viewability, coordenadas de clique e tempo até o clique).

A Criteo também complementa os próprios sistemas internos de detecção com a Pixalate. A Criteo usa:

  1. Listas de bloqueio pré-bid da Pixalate (IPs suspeitos e apps mobile de alto risco).
  2. A plataforma Media Ratings Terminal (MRT) da Pixalate para validar os parceiros de supply antes de abrir o tráfego e para monitorar as fontes de supply atualmente ativas.
  3. Plataforma de relatórios analíticos pós-bid, para avaliar constantemente a qualidade do tráfego.

O que “brand safety” significa para você no app mobile? Como você assegura o brand safety no app mobile em comparação com outros canais?

A Criteo está empenhada em fornecer os mais altos níveis de brand safety e qualidade de tráfego aos nossos clientes de publicidade. Trabalhamos o tempo todo para garantir a veiculação de anúncios em aplicativos que aderem às nossas diretrizes de conteúdos e revisamos regularmente nossos parceiros de supply. Temos controles de inventário globais. que se aplicam ao tráfego de apps e são eficazes em todos os canais de supply da Criteo. Também aproveitamos os dados da plataforma MRT da Pixalate para complementar nossos esforços e nos ajudar a identificar sinais de appsf que possam estar violando nossas diretrizes.

A Criteo entende que cada cliente pode ter necessidades individuais de brand safety. Temos equipes e processos para trabalhar com cada anunciante individualmente para evitar que seus anúncios sejam exibidos em aplicativos que considerem inadequados para sua marca.

Em reconhecimento ao nosso trabalho árduo para construir um ambiente de publicidade seguro e transparente para nossos clientes, a Criteo recebeu o TAG Certification Against Fraud e o selo TAG Inventory Quality Guidelines. Também obtivemos o TAG Certification Against Piracy.

Como a Criteo verifica os apps em que compra? Quais são os principais sinais que você procura em uma boa fonte de inventário e quais pontos de dados você considera com mais cuidado?

A Criteo conta com várias equipes dedicadas e tecnologia automatizada avançada para garantir um ambiente seguro para a marca de nossos clientes. Nossas equipes trabalham em estreita colaboração com parceiros de plataforma diretos e globais para garantir adesão aos nossos requisitos. Usamos verificações manuais, sinais de detecção internos e dados de MRT da Pixalate para reforçar nossos processos de monitoramento e verificação.

A plataforma MRT da Pixalate fornece à Criteo ferramentas avançadas de verificação de conteúdo e tráfego para inventário de aplicativos. Ela oferece insights críticos que nos ajudam a avaliar os sinais de brand safety e manter nossos padrões de qualidade em toda a nossa cadeia de supply no app.

Monitoramos cuidadosamente a conformidade de nosso inventário com as leis e regulamentações aplicáveis para garantir que nossos anunciantes estejam protegidos contra aplicativos que distribuem conteúdo pirata. Também utilizamos a lista de exclusão antipirataria fornecida pelo TAG (TAG Pirate Mobile Apps List). Além disso, asseguramos que os anúncios de nossos clientes sejam veiculados em aplicativos distribuídos em lojas oficiais. Usamos um mix de dados da Criteo e da Pixalate para remover quaisquer apps excluídos de nossas fontes de inventário. Por fim, a Criteo possui sistemas de detecção próprios para sinalizar práticas de publicidade contrárias às nossas diretrizes.

Na publicidade programática em app mobile, como o conceito de “qualidade de tráfego” mudou nos últimos anos e qual a tendência daqui para a frente?

Nos últimos anos, os fraudadores tornaram-se muito bem organizados e desenvolveram sistemas sofisticados capazes de replicar a atividade humana com mais precisão. É necessário que os players do setor aperfeiçoem constantemente suas estratégias contra IVT, mas o setor como um todo também deve agir. Paralelamente, vimos lojas de aplicativos e organizações do setor lançando novas políticas que estão definindo novos padrões e requisitos para publishers de aplicativos e publicidade no app.

O IAB impulsionou novos padrões, como o App-ads.txt, exigindo que os publishers declarassem a lista de sellers autorizados para o inventário do app, o que agora foi amplamente adotado. Da mesma forma, os parceiros de mensuração mobile (MMPs) se tornaram uma fonte de dados de validação no aplicativo, em particular as atribuições de instalação. Os fabricantes de dispositivos e sistemas operacionais provavelmente terão um papel cada vez mais importante para ajudar a evitar tráfego inválido, como vimos com o SKAdNetwork da Apple. À luz dessa tendência, acreditamos que os dados pós-clique proprietários da Criteo são cruciais para a detecção de IVT para nossos clientes.

Como o entendimento dos anunciantes em relação a fraudes na publicidade programática em apps mobile cresceu no último ano? Que áreas ainda requerem mais informações?

As fraudes em anúncios estão evoluindo tão rápido quanto as medidas de proteção contra elas. É quase impossível garantir 100% de segurança, mas isso não impede os anunciantes de enfrentar o problema de frente. Muitos já investem em um parceiro de detecção de fraudes em anúncios, uma tendência que vemos naturalmente ocorrer como resultado do aumento das fraudes e das preocupações com IVT.

O tráfego inválido afeta não apenas os anunciantes, mas todos na cadeia de supply da publicidade digital. Portanto, é responsabilidade de todos os players do setor combater esse problema. É por isso que acreditamos que a questão só pode ser resolvida com colaboração dentro do setor e compartilhamento de conhecimento.